Thursday, September 16, 2004

 

O Cavaleiro Ramsay e a Nova Ordem

O famoso"Rito Escoçês"da Maçonaria é usualmente creditado como tendo originado em 1725 em França,isto é,oito anos depois da formação da Grande Loja de Londres em 1717.O bem conhecido historiador Maçónico Jasper Ridley é o autor do seguinte comentário:
"Durante o século xviii outros ritos Maçónicos apareceram em várias partes do mundo,dos quais o mais importante foi o chamado Rito Escoçês.O mesmo nunca,de facto,existiu na Escócia,mas teve origem em França,e foi intitulado de Rite Ecossais-Rito Escoçês-porque o Escoçês,Ramsay,foi tido como tendo dado origem ao mesmo."
Outros investigadores pensam que há mais para contar nessa história.Parece quase certo que Andrew Michael Ramsay,melhor conhecido como o Cavaleiro Ramsay,e certamente um Escoçês,foi responsável pela formação do que se tornou conhecido como o Rito Escoçês por todo o mundo.Mas existe algo mais para sugerir que esse Rito foi o resultado final de ideias antigas que tinham circulado entre lojas Escoçesas na própria Escóçia e que Ramsay simplesmente sintetizou e levou para França.
O Cavaleiro Ramsay foi iniciado na Maçonaria pelo duke de Richmond na Loja de Horn em westminster durante a visita que ele fez a Londres em 1730,No seu retorno para Paris,Ramsay associou-se à Loja Maçónica St Thomas,e em breve foi apontado como orador para a Grande Loja de França.Foi nesta capacidade que ele preparou o famoso discurso em 1737,o qual teria implicações por todo o mundo em décadas por vir.
A legenda diz que o discurso de Ramsay,o qual é melhor conhecido como Oração de Ramsay,foi realisado em 21 de Setembro de 1737 para que pudesse coincidir com o Equinócio da primavera.De qualquer modo,a evidência sugere que a Oração não foi realisada de todo para uma audiência;em sua vez,Ramsay editou-a e destribuiu-a pelos membros da Loja.Em 1740 foi publicada em Paris,onde foi lida para uma grande e receptiva audiencia.
Sabendo que Ramsay foi ambos um membro da Sociedade Royal e um Maçon(Rito Escoçês)ajuda a pôr a sua Oração dentro do contexto-pois este sensacional documento é resonante de ´Repúblicanismo´e de um ideal de unidade global(outros viriam a chamar-lhe de Sinarquia)baseado numa Nova Ordem Mundial.Uma nota particular é o facto de que a Oração foi colocada perante o público em geral tão cedo como 1740-trinta e seis anos antes do inicio da guerra de Independência Americana em 1776 e quarenta e nove anos antes do inicio da Revolução Françesa em 1789.Suspeitamos que as palavras cuidadosamente escolhidas por Ramsay terão provocado uma nota de preocupação na Monarquia Françesa e nos Royalistas em geral:
"O mundo não é nada mais que uma enorme República,da qual toda a nação é uma familia e todo o individuo um filho.A nossa sociedade(Maçonaria)foi desde o inicio estabelecida para reviver e espalhar estas máximas essenciais tomadas da natureza do homem.Nós desejamos reunir todos os homens de´mentes iluminadas´,maneiras gentis e vontade conceleatória,não apenas por amor das finas artes mas muito mais pelos grandes príncipios da virtude,ciência,e religião,onde os interesses da Fraternidade(Maçonaria)deverão se tornar os mesmos da inteira raça humana,donde todas as nações deverão tirar partido de útil conhecimento...Os nossos antepassados,os Cruzados reuniram-se de todas as partes da Cristandade na Terra Santa,desejando então reunir em apenas uma Fraternidade os individuos de todas as nações."
A última sentença dá uma interessante e nova ideia das cruzadas,ou melhor,desses´cruzados´os quais,desejaram reunir em uma só Fraternidade os individuos de todas as nações.Desde que é seguro dizer que´uma Irmandade universal de nações´não estava nos planos da vasta maioria de cruzados-os quais acreditavam que a sua missão era ganhar a Terra Santa para a Cristandade e ´roubar´tanta riqueza quanto possivel-é legitimo perguntar quais´Cruzados´Ramsay menciona.
Podemos apenas pensar em um grupo os quais terão sido motivados por tal ideologia e eles são,quase inevitavelmente,os Cavaleiros Templários-os quais são,frequentemente citados por Maçons como seus´antepassados´.

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